i

Chamada para Dossiê Especial: Gênero e Teoria dos Sistemas: articulações conceituais e aplicações empíricas. A Rede Latino-Americana de Sistemas Sociais e Complexidade (RELASSC), por meio da coordenação do Seminário Latino-Americano de Gênero e Diferenciação Funcional, convoca a apresentação de artigos e pesquisas para o Número Especial da Revista MAD, publicação eletrônica semestral do Mestrado em Análise Sistêmica Aplicada à Sociedade (vinculado à Faculdade de Ciências Sociais da Universidade do Chile), que será publicado em julho de 2026.

Escopo e justificativa: Nas últimas décadas, o debate sobre gênero ampliou-se para além de abordagens normativas e identitárias, incorporando análises de operações comunicativas, mecanismos organizacionais e sistemas sociais (direito, política, ciência, educação, mídia, saúde, economia). Em diálogo com a teoria dos sistemas (especialmente a tradição luhmanniana e seus desenvolvimentos contemporâneos), emergem perspectivas que descrevem como códigos, programas, formas de diferenciação, inclusão e exclusão e estruturas organizacionais produzem assimetrias de gênero e interagem com marcadores de raça, classe, sexualidade e território.

Este dossiê busca consolidar um campo de investigação que articule gênero e teoria dos sistemas, explorando conceitos, métodos e evidências capazes de propor novas maneiras de tensionar a teoria de gênero e de avançar nas discussões sobre a teoria dos sistemas sociais.

Serão aceitos artigos teóricos, conceituais e/ou empíricos que: 1. Dialoguem explicitamente com a teoria dos sistemas sociais (por exemplo: comunicação, diferenciação funcional, acoplamentos, organização/interação/sociedade, programas/códigos, inclusão e exclusão); e 2. Analisem problemas de gênero em contextos específicos (instituições, políticas públicas, mídia, organizações, educação, justiça, saúde, ciência e tecnologia, trabalho, cultura).

Temas de interesse
(lista não exaustiva; porém os estudos devem ter a teoria dos sistemas sociais como referência analítica): • Gênero como observável sistêmico: semânticas, códigos e expectativas de papel. • Organizações e vieses: recrutamento, avaliação, promoção, métricas e cumprimento normativo. • Direito e justiça: decisões, procedimentos, protocolos, produção de desigualdades e mecanismos de inclusão/exclusão. • Política e políticas públicas: programas, implementação, aprendizagem organizacional e governança. • Ciência, universidade e conhecimento: autoria, gatekeeping, perícias, avaliação por pares. • Mídia e plataformas: circulação de sentidos, escândalos, observação de segunda ordem, desinformação e gênero. • Saúde e assistência: rotinas clínicas, prontuários, protocolos, tecnologias do cuidado, saúde mental. • Educação: currículos, avaliação, disciplina, comunicação pedagógica e marcadores de diferença. • Economia e trabalho: formalização/informalidade, plataformas digitais, cuidado e reprodução social. • Tecnologia e IA: modelagem algorítmica, vieses, regulação e acoplamentos com direito/política. • Interseccionalidades (gênero/raça/classe/território) como programas que reconfiguram operações sistêmicas. • Metodologia: estratégias para observar comunicações, decisões e estruturas de expectativa em contextos organizacionais.

Abordagens e métodos: • Contribuições teóricas/analíticas (reconstruções conceituais, debates, sínteses). • Estudos empíricos qualitativos, quantitativos ou mistos (documentos, decisões, etnografia organizacional, análise de redes/comunicações, métodos computacionais). • Ensaios metodológicos sobre como observar operações sistêmicas em pesquisas de gênero.

Âmbito regional e comparações: Trabalhos que abordem casos da América Latina são incentivados, assim como comparações e diálogos com outras regiões.

Idiomas: Serão aceitos envios em português ou espanhol.

Datas importantes: Os artigos devem ser enviados para o e-mail: relassc.genero@gmail.com. • Recebimento de artigos: até 31 de março de 2026. • Notificação de propostas selecionadas: 30 de abril de 2026

Política editorial: disponível na página da revista
https://revistamad.uchile.cl/index.php/RMAD/politicas . A coordenação e a recepção dos artigos serão de responsabilidade do Seminário Latino-Americano de Gênero e Diferenciação Funcional: • Dra. Carolina Busco Ramírez (Universidad Diego Portales – Chile), • Doutoranda Kamila Carino Machado (Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro UENF – Brasil), • Dra. Elisa López Miranda (UNAM – México), • Dra. Mayra Rojas Rodríguez (UNAM – México).

La inevitable transición ecológica y la deseable transición justa

Autores

  • Ezio Costa Cordella Universidad de Chile
Baixar

Resumo

El presente artículo analiza el concepto de transición ecológica y su uso en la generación de políticas públicas relacionadas con la crisis climática. Junto con argumentar que la transición no es un proceso voluntario ni gobernado, utiliza un enfoque sistémico para comprender como una transición general significa también transiciones particulares endistintas escalas espacio-temporales y niveles, presentándose como un desafío complejo y no linear. En seguida, da cuenta de que el acercamiento que el derecho ha tenido a la transición ecológica pasa en parte por la incorporación del concepto de transición justa, el cual ha tenido una evolución conceptual integradora, pero aún no alcanza la profundidad necesaria para dar cuenta del desafío de la transición ecológica.

Palavras-chave:

transición ecológica , teoría de sistemas , justicia ambiental , transición justa , derecho ambiental

Referências

Álvarez, M., et al. (2022). Transición socioecológica y desafíos societales: Hacia un paisaje de alternativas. Prácticas de Oficio, Investigación y reflexión en Ciencias Sociales, (29).

Barca, S. (2015). Labour and Climate Change: Towards an Emancipatory Ecological Class Consciousness. En: L. Temper & T. Gilbertson (eds.), Refocusing Resistance to Climate Justice: COPing in, COPing out and Beyond Paris (pp. 74-78). Sevilla: EJOLT Report 23.Citado en Just Transition Research Collaborative (JTRC), Mapping Just Transition(s) to a LowCarbon World, Report, United Nations Research Institute for Social Development (UNRISD), Geneva, 2018. traducción propia.

Bennet, J. (1976). The Ecological Transition: Cultural anthropology and Human Adaptation. UK: Routledge.

Biggs, R., Clements, H., de Vos, A., Folke, C., Manyani, A., Maciejewski, K., Martín‑López, B., Preiser, R., Selomane, O. & Schlüter, M. (2021). What are social‑ecological systems and social‑ecological systems research? In: R. Biggs, A. de Vos, R. Preiser, H. Clements, K. Maciejewski & M. Schlüter (eds.), The Routledge Handbook of Research Methods for Social‑Ecological Systems (pp. 1-24). London: Routledge.

Black, J., Lodge, M., & Thatcher, M. (eds.). (2006). Regulatory innovation: A comparative analysis. Cheltenham: Edward Elgar Publishing.

Boissonade, L. (2017). La Transition. Analyse d’un concept. Thém [en línea]. Ministère de la Transition écologique et de la Cohésion des territoires. Disponible en: https://www.ecologie.gouv.fr/sites/default/files/Th%C3%A9ma%20-%20Transition%20-%20Analyse%20d%27un%20concept.pdf (Consulta: 09/02/2023)

Bruckmann, M. (2021). El Pacto Verde Europeo y las perspectivas de América Latina. Santiago: Fundación Rosa Luxemburgo.

Carson, R. (1962). Silent spring. Boston: Houghton Mifflin Company.

Chakrabarty, D. (2022). Clima y Capital. Santiago: Ediciones Mimesis.

Convención Marco de las Naciones Unidas sobre Cambio Climático. (2021). Conferencia de las Partes en calidad de reunión de las Partes en el Acuerdo de París. Glasgow.

Comisión Interamericana de Derechos Humanos. (2021). Resolución 3/2021. Disponible en: https://www.oas.org/es/cidh/decisiones/pdf/2021/Resolucion_3-21_SPA.pdf

Corte Interamericana de Derechos Humanos. (2017). Opinión Consultiva 23/17.

Corte Europea de Derechos Humanos. (2024). Verein KlimaSeniorinnen Schweiz and Others v. Switzerland. Considerando 410.

Costa, E. (2017). La justicia ambiental en la Evaluación de Desempeño Ambiental: Chile 2016 de la OCDE. Revista de Derecho Ambiental, (7), 94-113. https://revistaderechoambiental.uchile.cl/index.php/RDA/article/view/46450

Fischer-Kowalski, M y Haberl, H (2007). Socioecological transitions and global change: Trajectories of social metabolism and land use. Cheltenham: Edward Elgar Publishing.

Folke, C., Colding, J., & Berkes, F. (2003). Creating opportunity for self‑organization toward social‑ecological sustainability. En F. Berkes, J. Colding y C. Folke (eds.), Navigating social‑ecological systems: Building resilience for complexity and change (pp. 352-383). Cambridge: Cambridge University Press.

Fuenfschilling, L. & Truffer, B. (2014). The structuration of socio‑technical regimes—Conceptual foundations from institutional theory. Research Policy, 43.

García, E. (2018). La transición ecológica: definición y trayectorias complejas. Ambienta: La revista del Ministerio de Medio Ambiente, (125), 86-100.

Geels, F. (2005). Technological transitions and system innovations: a co‑evolutionary and socio‑technical analysis. Cheltenham: Edward Elgar Publishing.

Gobierno de Sudáfrica, Comisión Climática Presidencial. (2022). A framework for a just transition in South Africa [en línea]. Disponible en: https://pccommissionflow.imgix.net/uploads/images/A-Just-Transition-Framework-for-South-Africa-2022.pdf

Gunderson, L., Cosens, B. A., Chaffin, B. C., Arnold, C. A. T., Fremier, A. K., Garmestani, A. S., Craig, R. K., Gosnell, H., Birge, H. E., Allen, C. R., Benson, M. H., Morrison, R. R., Stone, M., Hamm, J. A., Nemec, K. T., Schlager, E., & Llewellyn, D. (2017). Regime shifts and panarchies in regional scale social‑ecological water systems. Ecology and Society, 22(1), Article 31, 1-12. https://doi.org/10.5751/ES-08879-220131

Gunderson, L. H. & Holling, C. S. (2002). Panarchy: Understanding transformations in human and natural systems. Washington, DC: Island Press.

Holling, C. S. (2001). Understanding the Complexity of Economic, Ecological, and Social Systems. Ecosystems, 4(5), 390-405.

Infante, P. (2016). (In)justicia ambiental en Chile y principales mecanismos para mitigar la inequidad: planificación territorial y derechos de comunidades vulnerables. Revista de Derecho Ambiental, (6).

IPCC. (2022). Climate Change 2022: Impacts, Adaptation and Vulnerability. Contribution of Working Group II to the Sixth Assessment Report of the IPCC. Cambridge: Cambridge University Press. doi:10.1017/9781009325844

Just Transition Research Collaborative (JTRC). (2018). Mapping Just Transition(s) to a Low‑Carbon World. Geneva: United Nations Research Institute for Social Development (UNRISD).

Loorbach, D. (2009). Transition Management for Sustainable Development: A Prescriptive, Complexity‑Based Governance Framework. Governance. An International Journal of Policy and Administration, 23(1), 161-183.

doi:10.1111/j.1468-0491.2009.01471.x

Ministerio del Medio Ambiente. (2022). Fortalecimiento de la Contribución Determinada a Nivel Nacional (NDC) [en línea]. MMA. Disponible en: https://mma.gob.cl/wp-content/uploads/2022/11/Chile_-fortalecimiento-NDC_nov22-1.pdf (Consulta: 08/02/2023)

Olsson, P., Gallaz, V., y Boonstra, W. J. (2014). Sustainability transformations: a resilience perspective. Ecology and Society, 19(4), 1. doi:http://dx.doi.org/10.5751/ES-06799-190401

Oreskes, N. (2007). The scientific consensus on Climate Change: how do we know we’re not wrong? En: J. Dimento & P. Doughman (eds.), Climate Change: what it means for us, our childrens and our grandchildrens. Cambridge Ma: The MIT Press.

Organización Internacional del Trabajo (OIT). (2015). Directrices de política para una transición justa hacia economías y sociedades ambientalmente sostenibles para todos [en línea]. Suiza: OIT. Disponible en: https://www.ilo.org/wcmsp5/groups/public/---ed_emp/---emp_ent/documents/publication/wcms_432865.pdf (Consulta: 10/01/2023)

Organización Internacional del Trabajo (OIT). (2018). Transición justa hacia economías y sociedades ambientalmente sostenibles para todos [en línea]. Suiza: OIT. Disponible en: https://www.ilo.org/wcmsp5/groups/public/@ed_emp/@emp_ent/documents/publication/wcms_432865.pdf (Consulta: 09/02/2023)

Patten, B. & Auble, G. (1981). System theory of the ecological niche. The American Naturalist, 117(6).

Pinker, A. (2020). Justice Transitions: A Comparative perspective. Aberdeen: The James Hutton Institute & SEFARI Gateway.

Polanyi, K. (1997). La Gran Transformación. Madrid: La Piqueta.

Programa de las Naciones Unidas para el Desarrollo (UNDP). (2022). Human Development Report 2021/2022. Uncertain Times, Unsettled Lives: Shaping our future in a transforming world [en línea]. EEUU: UNDP. Disponible en: https://hdr.undp.org/system/files/documents/global-report-document/hdr2021-22pdf_1.pdf (Consulta: 10/02/2023)

Rabí, V., et al. (2021). Transición Justa en Latinoamérica: De la Transición a la Transformación. Santiago: Proyecto Transición Justa en Latinoamérica (TJLA), coordinado por ONG CERES, CEUS Chile y ONG FIMA.

Smith, A. (2007). Translating Sustainabilities between Green Niches and Socio‑Technical Regimes. Technology Analysis & Strategic Management, 19(4), 427-450.

Svampa, M. (2023). Dilemas de la transición ecosocial desde América Latina. En: R. Ávila et al. (eds.), La triple transición: Visiones cruzadas desde Latinoamérica y la Unión Europea. Madrid: Fundación Carolina & OXFAM Intermón.

Tremblay, L. (2011). Gouvernance des transitions vers la durabilité. Sherbrooke: Université de Sherbrooke.

Unión Europea. (2019). Comunicación de la Comisión al Parlamento Europeo, al Consejo Europeo, al Consejo, al Comité Económico y Social Europeo y al Comité de las Regiones: El Pacto Verde Europeo. Bruselas, 11.12.2019 COM(2019) 640 final [en línea]. Disponible en: https://eur-lex.europa.eu/resource.html?uri=cellar:b828d165-1c22-11ea-8c1f-01aa75ed71a1.0004.02/DOC_1&format=PDF (Última revisión: 10/02/2023)

United Nations Environment Programme. (2023). Global Climate Litigation Report: 2023 Status Review. Nairobi.